No dia 23/07/2013, a TV Tem (Rede Globo) veiculou reportagem sobre o fato de o Hospital Neurológico Ritinha Prates aguardar novo convênio para liberar mais leitos para atender mais 20 pacientes. Com a liberação, por parte do Ministério da Saúde e do Governo do  Estado, terminará o sofrimento das famílias da região que aguardam vaga para parentes com problemas neurológicos profundos. Confira o vídeo no link http://youtu.be/rFRZWYCe_8w, e a explicação do tema abaixo., que gerou a reportagem da emissora.

Ritinha Prates tem 20 leitos à espera de liberação de convênio para suprir a demanda regional

“Só quem tem um filho com deficiência mental e não tem condições de oferecer um tratamento digno a ele sabe o que estamos passando”. O desabafo da dona de casa Mercedes Aparecida Resquin, de 74 anos, de Araçatuba, é o exemplo da dificuldade e do sofrimento pelo qual passam atualmente ao menos oito famílias da região de Araçatuba. Cadastradas na Direção Regional de Saúde (DRS 2), elas aguardam uma vaga no Hospital Neurológico Ritinha Prates (HNRP) para internar seus filhos, que possuem problemas neurológicos profundos.

Com 57 anos, Sônia – que não anda, não fala e não enxerga –, a filha de dona Mercedes, poderia ter tratamento especializado desde 2010, quando o HNRP construiu sua ala mais recente, com 20 leitos. Vinte novas camas estão desmontadas aguardando o credenciamento do novo espaço, solicitado anualmente há três anos. A presidente do HNRP, Cida Nascimento Xavier, explica que atualmente a entidade está com sua capacidade máxima ocupada, com 60 internos. “Infelizmente, a única forma de um novo paciente ter lugar aqui é quando surge uma vaga deixada por um dos atuais pacientes. É uma situação angustiante para as famílias e também para nós do hospital”, comenta Cida.

O Ritinha Prates tem custo de aproximadamente R$ 5 mil mensais com cada paciente, e depende do credenciamento para que haja repasse de recursos oficiais. Enquanto isso não ocorre, as famílias que estão na fila de espera lutam dia-a-dia para cuidar de seus filhos. “É muito difícil pra mim, que sou sozinha, e, tenho certeza, para a minha filha também. Não tenho condições financeiras nem estrutura física para fazer as coisas simples da vida, como dar banho. E ela não consegue fazer absolutamente nada sozinha. No Ritinha Prates ela teria atendimento adequado e uma vida melhor”, conclui dona Mercedes.

A Entidade

O Hospital Neurológico “Ritinha Prates”, uma das mais importantes instituições de suporte na área da saúde a pessoas com deficiência neurológicas de Araçatuba e da região, foi fundada em 23 de outubro de 1977. Sua criação ocorreu pelas mãos de José Américo do Nascimento e Eupídio Pedro. Naquela época, no mesmo local, o Hospital contava com apenas o espaço de uma casa comum. Com o passar dos anos, a sede tem sido ampliada e hoje ocupa mais da metade da área de aproximadamente 7 mil m2.

Em 2010, o hospital também ganhou uma área especialmente para pessoas com deficiências auditivas, o Ambulatório de Saúde Aditiva, que oferece suporte médico a todos os pacientes que necessitam, por meio de consultas e disponibilização de aparelhos auditivos, de forma gratuita. Desde 1992, a presidência da entidade é exercida por Cida Nascimento Xavier, filha do fundador José Américo do Nascimento.

Somando exemplos de acolhimento e cuidado com o próximo, o hospital abriga, inclusive, pacientes que são internos desde sua fundação. Hoje, atuando diretamente na vida de 60 internos (segue foto anexa), de 40 municípios, por meio de profissionais qualificados, e especializados em suas respectivas áreas, o Hospital tem o intuído de aumentar sua capacidade de atendimento, para assim, beneficiar mais pessoas.