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Engenheiro florestal sugere novo método para controle da população javali

Originário das florestas da Europa, Ásia e África, o javali foi trazido há tempos para o Brasil, onde foi cruzado com outros suínos – com o porco, deu origem ao javaporco, por exemplo –, e passou a fazer parte da fauna brasileira. O problema, segundo o engenheiro florestal Ernesto Massayuki Sawaeda (foto), é que os animais “mutantes” procriam com mais facilidade, com número cada vez maior de filhotes, e vem causando prejuízos aos produtores rurais. O profissional estuda o tema há 12 anos e diz que o javali presente nas matas do estado de São Paulo alimenta-se de cana-de-açúcar, milho e pequenos animais, como aves, caprinos ovinos. Em fevereiro, Sawaeda solicitou ajuda do Sindicato Rural da Alta Noroeste (SIRAN) para cobrar das autoridades uma solução para o controle populacional do animal. Confira a entrevista:

SIRAN – Qual a situação atual da população de javalis, principalmente na região Noroeste Paulista? 
 
Sawaeda – Por falta de estudos específicos sobre o tema, não há números sobre javalis nesta região. No entanto, o primeiro registro de problemas com esses animais no Noroeste do Estado é de 1998, quando javalis foram localizados em uma fazenda do município de Planalto, onde comia as lavouras. Já em Santópolis do Aguapeí, um javali atacou e feriu um cortador de cana, no meio da lavoura. Ou seja, já temos o problema, e precisamos nos aprofundar na questão.
 
SIRAN – Por que o javali gera tanta preocupação? 
 
Sawaeda – Não bastassem os prejuízos que o javali já causa ao produtor rural, danificando as plantações e atacando as criações de pequenos animais, ele transmite a febre aftosa. Creio que seja uma questão de tempo para os javalis do Paraguai (que tem um grande número desses animais), onde não há controle da doença, a transmitam para o rebanho bovino de estados brasileiros, como São Paulo.
 
SIRAN – Mas já existe lei federal que autoriza a caça a tiro do animal.
 
Sawaeda – Sim, mas no estado de São Paulo há uma controvérsia legal em relação ao tema. Aqui o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DPRN) e a Polícia Ambiental proíbem esse procedimento. E, sendo assim, o produtor fica totalmente impotente.
 
SIRAN – E qual seria a alternativa?
 
Sawaeda – Proponho que esteja estabelecida uma nova metodologia para esse controle, sem a necessidade de caça com arma de fogo. Minha sugestão é que o animal seja capturado, estudado, pesquisado, e posteriormente abatido, com repasse da carne para entidades beneficentes.
 
SIRAN – Como o SIRAN pode colaborar?
 
Sawaeda – O SIRAN é uma entidade representativa de classe, e tem força para acionar as autoridades agrícolas e sanitárias. Expus minha preocupação à diretoria, que agora vai estudar formas de apresentar o problema e cobrar ações da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP), Secretaria Estadual da Agricultura e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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