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(12/07) O Terceiro Setor pede socorro
Em maior ou menor grau a pandemia da covid-19 impactou setores econômicos, políticos, culturais, históricos e sociais. Sentidas há mais de dois anos, as repercussões continuarão sabe-se lá por quanto tempo. Ações para a contenção da mobilidade social reduzida (isolamento), bem como a velocidade e a urgência de novos de medicamentos e de vacinas evidenciam implicações éticas e de direitos humanos que merecem análise crítica e prudência.

Especificamente o Terceiro Setor, do qual faço parte atualmente, está sentindo de forma muito marcante esses efeitos. Organizações da sociedade civil que prestam os mais diversos tipos de serviços em diversas áreas – saúde, educação, esporte, cultura etc. –, principalmente para a população mais vulnerável, perderam receita considerável devido à queda no número de doações e à impossibilidade de realizar eventos por causa da quarentena contra o coronavírus.

Segundo pesquisa coordenada pelas consultorias Mobiliza e Reos Partners, e co-financiada pela Fundação Tide Setúbal, Fundação Laudes, Instituto ACP, Instituto Humanize, Instituto Ibirapitanga, Instituto Sabin e Ambev, 73% das organizações disseram que tiveram queda na captação de recursos este ano e 87% tiveram todas ou parte de suas atividades principais interrompidas ou suspensas. Em 33% houve demissões ou redução de salários e jornada de trabalho e 44% registraram perda de voluntários ativos. Além disso, 40% dos que ficaram reportaram aumento do estresse e sobrecarga de trabalho.

A pesquisa ouviu 1.760 representantes de organizações em todas as regiões do país, entre 18 e 31 maio. O estudo combinou a metodologia quantitativa, por meio de questionário on-line, e fez 15 entrevistas qualitativas para aprofundar a compreensão dos dados.

O pior é que essa conjuntura ocorre ao mesmo em que aumentou a demanda pelos serviços do Terceiro Setor e as suas despesas. Ou seja, as entidades estão trabalhando mais para acolher o cidadão que não consegue ser atendido pelo Estado e contando com menos recursos para isso. Pior. De forma cruel, ONGs, institutos, fundações, associações e coletivos, de forma geral, estão padecendo com a diminuição das suas atividades principais e a entrada de receita, embora tenham um papel estratégico de articular e facilitar a entrega de doações que empresas estão fazendo para as causas ligadas à covid-19. 

Não quero ser alarmista, mas a situação das entidades está realmente muito complicada e, neste momento, mais do que nunca, elas necessitam da compreensão e da generosidade do cidadão em condição de doar e da sociedade civil organizada. Humildemente, sugiro que o morador da região se informe sobre as sérias organizações existentes em Araçatuba e seu entorno, os serviços que oferecem, o impacto das suas ações na sua comunidade, e procure contribuir da forma que puder, pelo bem de toda a sociedade.  

*Vanilda Maria Barboza é presidente da Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates, de Araçatuba (SP)

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