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(19/03) Paciente em tratamento no CER Ritinha Prates vira paratleta

Quem vê hoje Paulo Heliur Lopes Viana, de 36 anos, praticando marcha com um andador no Centro Especializado em Reabilitação (CER) Ritinha Prates, em Araçatuba (SP), não imagina que há 11 anos ele chegou a ser desenganado pelos médicos. Viana sofreu um grave acidente de trânsito em 2011, entrou em coma, ficou seis meses hospitalizado, apresentou sequela de traumatismo crânio encefálico e complicações sistêmicas, como comprometimento motor da boca, olhos, braços, mãos e pernas.


O diagnóstico de tetraparesia (quando os quatro membros experimentam fraqueza anormal, por causa de danos ao nervo ou porque os músculos não funcionam normalmente) o levou ao CER, onde começou tratamento em 2015. “Eu cheguei ao Ritinha Prates na maca, com traqueostomia. Não mexia quase nada nem falava direito, além de estar deprimido”, lembra Viana. O atendimento multidisciplinar incluiu fisioterapia, fonoterapia, psicologia e terapia ocupacional.

Com três sessões por semana, ele evoluiu, recuperou força e coordenação de movimentos a um ponto que não havia pensado até então. Em 2019, por sugestão da assistente social do CER, Leonor Rossi, ele procurou a diretora municipal de Esportes de Araçatuba, Andréa Maria Pereira Brito, conhecida no meio esportivo pelo apelido “Saúde”, que o colocou no programa ACD (Atletas com Deficiência).

Paratleta vencedor

Viana passou a frequentar uma academia parceira do projeto e a treinar no estádio Adhemar de Barros lançando dardo e disco, assim como arremessando peso. “O Paulo se adaptou tão bem às modalidades que, naquele mesmo ano venceu os jogos regionais em Andradina, nas três modalidades”, conta Andréa. Para a diretora de Esportes, Viana é um exemplo a ser seguido. “Ele está sempre sorrindo, sempre brincando com os outros. O Paulo mostra que a deficiência não para a vida das pessoas. É uma inspiração”, afirma Andréa.

No CER Ritinha Prates, Viana continua em tratamento de fisioterapia e psicologia, agora, uma vez por semana. De acordo com o coordenador da área física do centro, Marcos Adriano Mantovan, o usuário apresenta ganhos terapêuticos, como na marcha, e o tratamento de depressão teve melhora significativa. “Aqui no CER, o Paulo é um caso de sucesso, pois hoje ele tem uma vida independente”, lembra Mantovan.

No que depender do seu próprio esforço, Viana pretende continuar o tratamento, assim como treinando, competindo e ganhando. Casado pela segunda vez, ele é pai de um casal, sendo um rapaz de 15 anos fruto do primeiro relacionamento, e de uma menina de nove meses, do segundo, e tem ânimo de sobra para mostrar que a vida vale a pena. “Agradeço profundamente à equipe do Ritinha Prates, assim como ao fisioterapeuta Everton Luís, à Andréa, à secretaria de Esportes e à academia Quality, pela parceria. Pra quem está triste, eu digo que não desista do seu objetivo. Tenha fé, força, ânimo e determinação em tudo o que for fazer”, conclui o paratleta.

A Ritinha Prates

Sem fins lucrativos, a Associação de Amparo do Excepcional Ritinha Prates existe desde 1977, e trabalha na área da saúde e inclusão social, por meio do Hospital Neurológico Ritinha Prates, com a prestação de serviços especializados a pessoas com deficiências neurológicas profundas e irreversíveis. Atualmente, atende 60 usuários internos.

A entidade também é a mantenedora do Centro Especializado em Reabilitação III – Ritinha Prates (CER III Ritinha Prates), que presta cerca de 500 atendimentos por mês. Nos dois equipamentos são atendidos usuários de 40 municípios vinculados ao DRS-2 (Departamento Regional de Saúde).

No ano passado, a entidade iniciou os trabalhos da UCP (Unidade de Internação em Cuidados Prolongados), que conta com 24 leitos destinados ao acompanhamento de usuários com quadro clínico estável, mas que necessitam permanecer sob cuidados especializados por mais tempo. Na unidade são atendidos usuários de 11 municípios da área central da DRS-2 (Departamento Regional de Saúde).

Entre os valores da associação, que atende exclusivamente por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) está o tratamento humanizado, além do respeito a conceitos éticos, morais, ambientais e filantrópicos.
 

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