Seja bem-vindo.

Releases
(25/04) “Na pandemia, a venda de apartamentos de luxo aumentou em média 75%”, afirma Reinaldo Roberto Dainese
Do ponto de vista comercial, o engenheiro civil e empresário Reinaldo Roberto Dainese, dono de uma construtora de apartamentos de alto padrão em Araçatuba, tem motivos para comemorar. Durante a pandemia da Covid-19, o faturamento da empresa variou entre 50% e 100% a mais do que nos anos anteriores.

De acordo com o empreendedor, os compradores estão fazendo uma espécie de “morastimento”, um misto de aquisição para moradia e investimento. Para Dainese, nunca foi tão vantajoso comprar a casa própria com os recursos e tecnologia embarcadas como agora, sem fazer com que os seus recursos, mesmo imobilizados, deixem de crescer a níveis substanciais.

Nesta entrevista exclusiva, o empresário elenca diversos fatores para explicar o panorama atual e afirma que a hora de comprar imóvel é agora, pois os preços irão subir em curtíssimo espaço de tempo.

Como está a situação da venda de imóveis de alto padrão em Araçatuba? Houve aumento?  De quanto? Em que período?

São tempos difíceis para se fazer análises e prognósticos, porém, se considerarmos números compilados na prática, sabemos que há uma grande carência ainda de apartamentos de alto padrão, e isso resultou em vendas significativas nos últimos meses, levando o faturamento da empresa a atingir volumes nunca antes experimentados.

Apesar disso, não é possível traçar uma linha contínua de desenvolvimento, já que por duas vezes nos últimos 15 meses, o mercado sofreu impactos negativos, justamente nos momentos em que se preparava e experimentava um crescimento significativo.

O início da pandemia e agora a segunda onda interromperam movimentações promissoras, que vinham se revelando alguns meses antes, todavia, neste momento estamos vivendo um crescimento que eu chamo de quase sólido. Digo quase porque ficamos escaldados com as sequências anteriores. Em resumo, há carência. Houve aumento de vendas, que localizados, chegaram a 100% nas comparações por períodos semelhantes, e nunca abaixo de 50%, considerando análise de faturamento.

Os períodos mais significativos foram no final de 2019, início de 2020, e o que estamos vivendo agora, iniciado em outubro de 2020, variando no início deste ano (janeiro e fevereiro), e retomando o crescimento agora.

Qual a explicação para este cenário?

A carência do mercado por imóveis de alto padrão. Junte-se a isso, uma série de outros fatores, como a casa própria ser o principal objetivo de 90% da população, os recentes e extraordinários reajustes do aluguel, da alta do tijolo, a remuneração financeira do dinheiro parado que está próxima de zero, que os imóveis estão subindo de preço (ou na iminência de subir, pois os custos dos insumos serão repassados ao preço final), que os custos do financiamento imobiliário nunca estiveram tão baixos, bem como a facilidade em obtê-los, que, apesar dos tempos bicudos, a poupança e reservas familiares estão mais altas que o normal (abstenções de viagens, eventos familiares ou populares escassos, saídas em família também muito baixas etc.).

Além disso, a percepção que o conforto da casa precisa ser melhorado, com espaços mais amplos, automação residencial, conforto térmico e acústico, leva ao upgrade, que, como fenômeno, induz à movimentação do mercado imobiliário nos diversos níveis, quer seja nas compras na planta, nos imóveis novos e usados.

Essas compras são para moradia ou para investimento?

Um misto dessas duas situações. Diria que são para “morastimento”. Nunca foi tão vantajoso comprar a casa própria com os recursos e tecnologia embarcadas como agora, sem fazer com que os seus recursos, mesmo imobilizados, deixem de crescer a níveis substanciais. Imóvel está subindo ou vai subir de preço em curtíssimo espaço de tempo.

Os preços desses imóveis aumentaram com a falta de insumos na construção civil, como o aço?

Com certeza. Ninguém consegue desenvolver um empreendimento sem controle de preços. E o que ocorreu com os materiais para construção, além de haver nesse ato um tanto de má fé por parte dos produtores, impactou fortemente no preço final dos imóveis.

A sua empresa prevê lançamentos para este ano?

Com certeza. Estamos em pleno lançamento de um empreendimento que hoje é ditado como tendência mundial: compacto com alta tecnologia de conforto embarcada (automação, tratamento acústico e térmico, lazer na cobertura, pontos elétricos para veículos etc.); um megaempreendimento em moldes moderníssimos de arquitetura, até o final do terceiro trimestre; um novo modelo de empreendimento residencial, que será o primeiro do tipo na empresa, e contatos em andamento para dois novos lançamentos em terrenos de terceiros. Tudo para este ano, se permanecer o atual ambiente de negócios imobiliários, ou melhorar.

Os projetos estão sendo alterados em razão da pandemia, com espaços dedicados a home office, por exemplo, apartamentos maiores, varandas mais ventiladas?

Não sou a pessoa mais capaz para abordar a etapa pós-pandemia. Até porque cientistas utilizam o seu precioso tempo tentando conhecer um vírus que a cada momento mostra uma cara diferente. Sendo assim, não me atrevo a tentar antecipar esse futuro.

E, em tratando-se de imóveis de alto padrão, não me agrada o termo “novo normal”, ainda mais no caso dos nossos apartamentos. Isso porque os espaços para home office já fazem parte dos nossos empreendimentos desde o início, ou constando na planta básica, ou permitindo adequações de fácil execução; apartamentos maiores, ou eu diria, adequados à constituição de cada família, nós já os fazemos, inclusive não economizando no tamanho dos quartos, na suíte principal enfaticamente, visando inclusive a maior longevidade dos habitantes, e considerando que alguns tratamentos, hoje hospitalares, poderão no futuro serem realizados em casa; varandas muito ventiladas já fazem parte constante dos nossos projetos.

Agora falando como palpiteiro, creio que não ocorrerão mudanças tão grandes no pós-pandemia. Imagino que os carros chefes dessas alterações serão o aumento do conforto térmico e acústico, a automação, os ambientes com utilização múltipla, e a facilidade de higienização.

O que espera do mercado imobiliário após a pandemia?

Por causa do represamento da demanda, tenho certeza que o mercado imobiliário virá muito mais forte do que antes, porém com aumentos de preços significativos, não obstante possam ocorrer diminuições (não radicais), de alguns preços de insumos inoportunamente realizados.

Só como curiosidade, passeie por Araçatuba e perceba a quantidade de imóveis que estão sendo executados para moradia, a ampliação da área urbana da cidade, com loteamentos repletos de casas em construção, a revitalização de áreas comerciais, como Rua do Fico, Marcílio Dias, General Glicério, que estava decadente, e agora está remodelada. O mercado imobiliário não para.

Página Anterior
 

Melhor Notícia Comunicação - Todos Direitos Reservados

Facebook
Twitter
Youtube
FlickR