(16/02) Energia solar em ampla expansão
O horizonte nunca brilhou tanto para a indústria de energia solar. Em 2020, o setor conseguiu bater recordes enquanto outros tiveram dificuldades por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A instalação de sistemas energéticos solares cresceu 70% no ano passado, gerando 7,5 gigawatts, em comparação com o ano 2019. E a expectativa é de que essa “irradiação” continue neste ano.
Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABsolar) aponta que o setor atraiu mais de R$ 13 bilhões em investimentos, considerando as grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos no ano passado. O resultado inédito representou crescimento de 52% em relação aos investimentos acumulados nos país desde 2012.
Tanto o comércio quanto as casas estão optando pela instalação de projetos e sistemas de captação de energia solar para reduzir a conta de luz. Estes investimentos, junto dos industriais, criaram mais de 86 mil novos empregos em 2020, espalhados por todas as regiões do território nacional. E não para por aí. A Geração Distribuída (GD) por fonte solar caminha para um crescimento promissor com perspectivas de investimentos acima de R$ 20 bilhões em 2021.
Atualmente, aproximadamente 0,5% das unidades consumidoras no mercado possuem geração própria de energia, próximo a 370 mil unidades instaladas, sendo a fonte solar fotovoltaica representante de 98% desse total. Nos últimos anos, a sociedade como um todo passou a se interessar mais pelo tema energia solar fotovoltaica, pois finalmente se deu conta das suas vantagens. A preocupação das empresas em serem mais sustentáveis também foi e segue sendo crescente.
Com uma das maiores taxas de irradiação solar do mundo, o Brasil tem todos os recursos que possibilitam o país tornar-se referência em produção de energia solar. Em 2019 (dados mais recentes), a geração de energia por fonte solar no mundo representava 11% e a previsão atual das agências globais é que, em 2050, esse modelo totalize cerca de 40%. O Brasil tem toda a capacidade e o potencial para assumir essa liderança no mercado global desde já.
*Francis Polo é empresário do setor fotovoltaico em Araçatuba (SP)
