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(01/01) O que esperar da construção civil em 2021
Este prometia ser um ano de retomada para a construção civil. Ao final de 2019, uma série de motivos permitia essa avaliação, como queda da inflação, diminuição do desemprego, aprovação de reformas por parte do poder público, redução das taxas de juros do financiamento imobiliário, o acirramento da concorrência entre os bancos, e a taxa Selic no menor patamar da história – o custo dos financiamentos estava descendo a ladeira.

Mas aí veio a Covid-19. E, devido à pandemia, o setor não cresceu como o esperado. O enfrentamento da pandemia e todas as suas consequências na economia impactou sensivelmente a promessa de maiores rendimentos para o setor. Construtoras viram os seus sonhos de lucratividade e expansão serem barrados pelas medidas sanitárias. No entanto, tudo leva a crer que se tratou apenas de um adiamento de expectativa. E mesmo assim, o setor foi o que mais gerou empregos no país nos primeiros 10 meses de 2020, com a criação de 138.409 vagas formais, o melhor resultado para o período desde 2013.

Para 2021, a previsão é de crescimento de 4%, segundo estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Se confirmado, será o maior avanço em oito anos. O índice é bem próximo ao do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP) e Fundação Getulio Vargas (FGV), de 3,8%.

É preciso dizer que existe uma preocupação, o desabastecimento. De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, ao apresentar recentemente o balanço do setor em 2020 e as projeções para 2021, a falta de matéria-prima é preocupante, porque inibe as empresas de fazerem lançamentos. Não foi raro ver situações em que tijolos, ferragens e cimento tiveram as suas entregas atrasadas pelos fornecedores por falta dos produtos.

Especialistas esperam que exista maior equilíbrio entre oferta e demanda no próximo ano, voltando a uma realidade de materiais para a construção civil serem reabastecidos. A volta dos produtos de construção para as prateleiras promete auxiliar na redução dos preços para o consumidor. Com isso, as possibilidades aumentam e aquela reforma que está sendo adiada volta a se mostrar mais atrativa para construtoras e seus clientes.

De forma geral, os empresários do setor têm expectativas positivas para o ano que vem, especialmente para os próximos seis meses. De acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, há tendência de aumento na compra de insumos e de geração de novas vagas. Os índices de expectativa também demonstram que os empresários estimam o aumento do nível de atividade e um maior volume de lançamentos de novos empreendimentos e serviços. Bons sinais. Que venha 2021!

*Aurélio Luiz de Oliveira Júnior é presidente do Sinduscon OESP (Sindicato das Indústrias da Construção Civil da Região Oeste do Estado de São Paulo)

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