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ARTIGO: Solidariedade e resoluções

A solidariedade está em alta. Nascida a partir de uma emoção muito forte chamada compaixão, trata-se de uma tendência mundial, pois se relaciona com o conceito de responsabilidade social e também de sustentabilidade, que tem um de seus pilares baseado no atendimento aos públicos com os quais há relacionamento. Ao final de cada ano esse sentimento é naturalmente intensificado em indivíduos, grupos, comunidades, instituições e empresas.

Há duas formas básicas de manifestar solidariedade: doação em dinheiro ou produtos e trabalho voluntário. A imensa maioria das entidades beneficentes araçatubenses, regionais e brasileiras, depende da generosidade alheia para se manter. Grande parte das despesas mensais das entidades é coberta pelas doações de cidadãos bem-intencionados, comprometidas e movidos pela convicção de justiça social e igualdade. Essas instituições também contam com voluntários que executam ações de lazer e entretenimento em seus atendidos, e operacionalizam campanhas.

O fato é que existem vários tipos de problemas a serem solucionados: crianças abandonadas, órfãos, deficientes, fome, miséria, desigualdade social, idosos sem assistências, degradação ambiental, vítimas de violência, dependentes de drogas, ex-presos, exploração de crianças na prostituição, lixo, falta de saneamento básico, sistema educacional inadequado, dentre outros. Mas de quem é essa responsabilidade, afinal? Governo, empresas, cidadãos, organizações sociais?  A responsabilidade é de todos nós, pois somos todos responsáveis por um mundo mais humano, justo e solidário, menos desigual e com mais oportunidade para todos. Doadores e voluntários entendem muito bem isso.

De forma geral, independentemente do problema e da entidade, não pedem absolutamente nada em troca, além da manutenção – por parte das instituições beneficentes – das atividades já realizadas, com a mesma seriedade e critério que se faz de forma rotineira. Via de regra, o doador entende que a verdadeira solidariedade consiste, em sua essência, em desinteresse (no sentido em que não há segundas intenções). Isso é maravilhoso.

Percebo que os doadores e voluntários entendem que ser solidário é informar, é dividir o que a gente sabe. É compartilhar com aquelas pessoas que não tem acesso a informação, o que nós conseguimos aprender. Ser solidário é ter interesse pelo próximo. Não se trata de absorver o sofrimento do outro para si próprio ou sofrer junto, mas sim entender, apoiar, esclarecer, ajudar enfim, sem necessariamente absorver a energia de sofrimento e dor do outro. 

Como esta é uma época de reflexão, na qual repensamos a vida e avaliamos os pontos que desejamos mudar no ano que se inicia, acredito que a solidariedade deva entrar em pauta como ação contínua para todo o ano. Já que esse processo reflexivo possibilita que o indivíduo se reorganize para desfrutar de maior equilíbrio nesta nova etapa que está por vir, analise a possibilidade de incluir mais um conceito a sua carta de valores: a solidariedade.

Proponho algo passível de realização. Muitas vezes as resoluções de ano novo falham porque são muito abrangentes, amplas, imaginárias. Mas ser solidário é simples, basta ter boa vontade e desejar fazer parte de um processo de mudança social.  Solidariedade é uma atitude que conforta e também promove crescimento espiritual.

Quem se vale da entrega de um voluntário deve agradecê-lo por despender recursos, tempo ou atenção, por preservar essa virtude tão linda e necessária. A quem ainda não é, sugiro que experimente e cultive esse benefício. Sim, benefício, pois a solidariedade nos faz pessoas melhores.

Cida Nascimento Xavier - Presidente do Hospital Neurológico Ritinha Prates


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