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(29/12) Um terço dos brasileiros nunca foi ao oftalmologista
Dados do Ibope mostram que, em 2019, cerca de 34% dos brasileiros nunca haviam ido ao oftalmologista, o que representa mais de um terço da população. O mesmo levantamento apontou também que boa parte das pessoas procuram ajuda apenas quando sentem a necessidade de usar óculos, ou por algum outro motivo que atrapalha a vista.

Para os oftalmologistas esta situação é ruim, pois existe o risco de as doenças serem notadas apenas quando a situação já está avançada. “As pessoas precisam entender que é importante criar e ter o hábito de se consultar, pelo menos uma vez ao ano, com um profissional de cada área. Diversas doenças que acometem nosso organismo, incluindo os olhos, são silenciosas, sem nenhum tipo de manifestação clínica. O paciente não percebe e perde a oportunidade de detectar ainda no início, numa consulta de rotina”, explica a oftalmologista do Hospital do Olho de Araçatuba (SP), Ana Carolina Capelanes.

Entre os problemas que podem começar de forma silenciosa está o glaucoma, em que o paciente vai perdendo a visão aos poucos, e em estágios já finais da doença. “A gente acaba perdendo a chance de evitar esse sofrimento”, reforça a especialista. Para evitar que problemas mais graves avancem sem ser notados, o correto é manter uma frequência de visitas ao oftalmologista. Os especialistas afirmam que o ideal seria uma vez por ano.
 
Glaucoma e cerotocone

O glaucoma é uma neuropatia cujo principal fator de risco é a hipertensão ocular. Por se tratar de uma doença que acomete as células nervosas do olho, uma vez lesionadas, não se consegue recuperar tais células, ou seja, a perda da visão no glaucoma é irreversível. Mas, se diagnosticada no seu estágio inicial (quando o paciente ainda é assintomático), é feito um rígido controle dessa pressão para evitar a progressão da doença e a perda da visão.

“A falta de uma rotina de consultas pode fazer com que doenças que pioram silenciosamente demorem para ser notadas. Entre elas está o ceratocone, que afeta pacientes jovens, entre 14 e 25 anos”, diz Ana Carolina. Esses pacientes normalmente são atópicos, com alergias crônicas, e coceira constante nos olhos e, em alguns casos, o paciente acaba se acostumando com a visão um pouco mais embaçada, e a exigência deste paciente em relação à qualidade visual fica menor, o que leva a retardar o diagnóstico precoce. “Tanto o glaucoma quanto o ceratocone podem ser diagnosticados e tratados com boa margem de resultado, caso sejam identificados ainda no início”, conclui a especialista.

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