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(08/11) A pandemia fez mais gente descobrir a energia solar, diz Francis Polo
A energia fotovoltaica tem se tornado tão comum que já é vista como um investimento sólido e de grande potencial futuro. Em um futuro próximo, cada bairro tende a ter a sua própria usina particular. E elas vão ser criadas por empreendedores individuais ou associados do próprio local, que vão lucrar como fornecedores.

Um dos pioneiros em transformar a luz do sol em energia, na região, é o empresário Francis Polo, que em entrevista à Folha da Região revelou que a sua empresa, mesmo com pandemia, aumentou em 84% o seu quadro de funcionários e de prestadores de serviços.
 
E a tendência, segundo ele, é que o mercado continue mais aquecido com o relaxamento das restrições típicas da quarentena. “Com a diminuição de casos da Covid-19, os empreendedores brasileiros começam a se sentir mais seguros para abrir novas frentes de negócios”, diz ele.

A empresa de Polo, sediada em Araçatuba e que contava com uma filial em Umuarama (PR), recentemente investiu em uma nova filial em São José do Rio Preto e outra em Campinas. Ele explica que a expansão do setor ocorre não só na região, mas em todo o país e no mundo, e será um dos mais avançados e responsável por boa parte da geração de emprego nos próximos anos.

Como a pandemia afetou o setor de energia fotovoltaica?
A pandemia fez mais gente descobrir a energia solar. A energia fotovoltaica instalada aumentou 30% no primeiro semestre deste ano. O potencial total era de 5.918 MW em 2 de julho, ante 4.533 MW no final de 2019, de acordo com dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reguladora de energia neste país sul-americano de 211 milhões de pessoas.

O fato é que as pessoas estão ficando mais tempo em casa e acabam gastando mais energia elétrica. Ao confrontar a conta de luz atual com o investimento e o retorno numa geração própria de energia com a usina fotovoltaica, muita gente está optando pela mudança para o sistema fotovoltaico. Percebendo isso, decidimos por abrir uma filial em Rio Preto.

O Brasil está em um momento de reabertura comercial após a fase mais aguda da pandemia. Se houve um crescimento durante este processo, o que esperar do pós?
Com a diminuição de casos da Covid-19, os empreendedores brasileiros começam a se sentir mais seguros para abrir novas frentes de negócios. Planos que foram concebidos antes da emergência sanitária estão sendo reconsiderados e novas oportunidades surgem nos radares de quem busca áreas e mercados promissores.

Um dos filões com muito espaço para bons investimentos é a geração de energia fotovoltaica, que deve ser considerada por qualquer gestor público, empresário, ou pessoa que tem como objetivo o desenvolvimento sustentável de um setor ou localidade. Este é o caso do Gerar (Grupo de Empreendedores de Araçatuba e Região).

Como este momento favorável impactou na geração de empregos e renda, que é uma questão urgente da sociedade atual?
Dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Energia Solar (ABsolar) mostram que o Brasil entrou pela primeira vez na história no ranking dos dez países que mais geraram emprego no setor em 2019. O país ficou em 8º lugar, deixando para trás líderes como a Alemanha e Reino Unido.

O levantamento feito pela entidade revela que o Brasil gerou mais de 43 mil empregos só no setor solar fotovoltaico no ano passado. Quando os números englobam toda a cadeia de valor da operação no país, a contratação chega a marca de 60 mil trabalhadores. No mundo, foram gerados 11,5 milhões de empregos no setor.

Agora, na pandemia, mesmo com todas as restrições, creio que os dados consolidados no final do ano vão apontar também uma curva de ascendência. Nossa empresa, por exemplo, neste período de pandemia, aumentou em 84% o seu quadro de funcionários e de prestadores de serviços.

Nos primeiros cinco meses de 2020, a fonte solar fotovoltaica foi responsável pela geração de mais de 37 mil empregos no Brasil.

Existem empresários e investidores individuais que têm visto a energia fotovoltaica como um filão de investimentos. É como se uma pessoa ou um grupo pudesse criar suas usinas particulares. Como o senhor vê este cenário?
Ouso dizer que, para quem quer estar antenado com o futuro, colocando na sua carteira um ativo com bons dividendos para agora e para depois, investir em pequenas usinas de geração de energia solar é viável.

E este investimento é viável para nossa região?
Em regiões como Araçatuba (SP), a incidência solar é abundante, e permite que a produção de energia por produtores residenciais, comerciais, ou até mesmo industriais, seja extremamente elevada. Não obstante, a segurança jurídica por parte do governo e das distribuidoras de energia permite o aproveitamento da energia gerada e até o abatimento das contas dos responsáveis, tornando a Geração Distribuída indiscutivelmente vantajosa.

Pessoas e grupos podem abastecer a seus imóveis e até mesmo o entorno, como o quarteirão e o bairro?
A autossuficiência energética em cada bairro de um município já é discutida, reduzindo os gastos com longos caminhos de linhas de distribuição elétrica, cuja manutenção é cara e complexa. Como de costume, os que estiverem à frente serão os mais beneficiados, portanto, o momento de gerar a própria energia de forma sustentável é agora.

O senhor acredita, então, que a energia fotovoltaica vai ganhar ainda mais importância na economia nacional nos próximos anos?
Sim. A energia solar se apresenta como alavanca para reaquecer a economia brasileira. Em 2015 e 2016, por exemplo, o PIB brasileiro foi de 3,8% e 3,6% negativos, respectivamente. Mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 100% ao ano e ajudou a reestruturar a economia mais rapidamente. É o que tende a ocorrer após esta pandemia.

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