(07/07) Testagem: ponto pacífico sobre a Covid-19
Em meio às polêmicas que envolvem a Covid-19, que não são poucas, indo desde a negação da pandemia ao uso de medicamentos de eficácia não conclusiva, uma ação é ponto pacífico entre cientistas e profissionais de saúde: a testagem. Trata-se de uma importante ferramenta tanto para o monitoramento da doença na comunidade quanto para o auxílio do tratamento da pessoa infectada.
Testar maciçamente a população é a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para enfrentar a disseminação do vírus Sars-CoV-2. Para a entidade, a realização em larga escala de exames, combinada com o isolamento social, é o caminho ideal para proteger a população. De acordo com o virologista Edison Luiz Durigon, do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo), a combinação do isolamento com a massificação da testagem é a única maneira para achatar a curva de disseminação do novo coronavírus. Somente dessa forma é possível identificar os infectados e isolá-los para evitar a transmissão.
Do ponto de vista individual, a resposta para o paciente é agilizada, auxiliando no isolamento e no tratamento de quem estiver infectado. Para evitar lotação sem necessidade nos hospitais e até mesmo o contágio pela doença, é indicado que aqueles pacientes que estejam com sintomas leves, façam o teste, e se tratem em casa, seguindo todas as recomendações de isolamento passadas pelos órgãos de saúde, assim como as orientações médicas.
É preciso destacar que, por ter sintomas muito parecidos com os de uma gripe normal, muitos pacientes acabam buscando os serviços médicos de forma desnecessária. A Covid-19 não apresenta um sintoma específico e sim um conjunto de fatores que, associados, podem ser o indício da doença. As principais manifestações da infecção são a tosse seca e persistente, acompanhada de febre alta e cansaço extremo. Também pode haver tremores, calafrios, dores musculares, dor de cabeça e garganta, diarreia, perda de olfato e paladar, além dos sintomas gripais comuns como congestão, coriza e falta de ar.
Fato é que, em versando-se sobre saúde, não se pode ficar no achismo, dar ouvidos a palpites ou se pautar por pregações desqualificadas expostas em redes sociais. Apenas por meio da testagem, de um rápido diagnóstico da doença e da adoção do melhor tratamento para o paciente, o combate à disseminação do vírus é agilizado. Que cada um faça a sua parte, para que juntos vençamos esta pandemia.
*Marcos Roberto Marcos Roberto Ferrari Machado é bioquímico e diretor de laboratório em Araçatuba
