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(27/01) Perfumaria: indústria de R$ 33 bi

A cada dia, um ser humano entra em contato com mais de dez fragrâncias, que vão de perfumes ao odor acrescentado no gás de cozinha para aumentar a segurança. Estamos falando também de incenso, cremes e até tecidos, pois atualmente, via de regra, todo produto conta com alguma fragrância. A criação de um perfume inclui uma paleta de cerca de 3 mil ingredientes, tanto naturais quanto sintéticos, sendo que o produto finalizado conta com até 400 elementos.

Do cheiro inesquecível de uma colônia, eau de toilette e eau de parfum importados ao perfume que produtos de limpeza deixam no ar após uma faxina completa, os artigos concebidos e comercializados pela indústria de fragrâncias contam com um batalhão de mais de 15 mil profissionais para a pesquisa, análise, desenvolvimento, produção e logística, até chegar às prateleiras das perfumarias. E olha que estamos falando apenas de quem trabalha nos bastidores desse mercado.

Os dados são da International Fragrance Association (IFRA), que representa cerca de 3 mil fornecedores em mais de 70 países, tem a sua sede na Suíça e também escritórios na Europa e na Ásia. Relatório divulgado recentemente pela entidade mostra pela primeira vez a dimensão dos números do setor e aponta que que as vendas da indústria de fragrâncias passam de € 7,3 bilhões (cerca de R$ 33 bi) ao ano. A contribuição da indústria ao Produto Interno Bruto (PIB) global é de € 2,5 bilhões, segundo o estudo. Feito com base em dados de 2017 calculados em parceria com a consultoria PwC, o estudo não inclui Estados Unidos e Canadá, de modo que os valores globais são ainda maiores.

No Brasil, o relatório mostra que o valor agregado à economia é de € 222 milhões (mais de R$ 1 bi), respondendo por metade do mercado de fragrâncias da América Latina. O setor gera no país 1.300 empregos, segundo a associação. Devido à importância do mercado, a IFRA está abrindo em São Paulo um escritório para representar a associação em território latino-americano. 

Portanto, há de se reconhecer que se trata de um mercado relevante para a economia global e nacional. Ainda de acordo com a IFRA, o consumidor está disposto a pagar até 88% a mais em alguns produtos devido ao cheiro. Ou seja, por afetar dessa forma a decisão de compra, as fragrâncias geram valor agregado significativo para os produtos que as usam.

Esses números, somados à passagem do período econômico desafiador dos últimos anos, dão aos empresários brasileiros do setor motivos para acreditar que 2020 será um ano de recuperação das vendas retraídas. Potencial o mercado nacional tem de sobra, pois somos um dos campeões mundiais no consumo per capita de cosméticos. Que seja um ano perfumado!

*Drika Marini é empresária do setor de cosméticos e perfumaria em Araçatuba

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