(30/09) O PIB e o agronegócio
É clara a retomada no crescimento do Brasil no setor econômico. E isso vem sendo construído, tanto no âmbito político, quanto no dia-a-dia do trabalhador. Após uma expansão acima do esperado no segundo trimestre, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) estima que a economia deve apresentar ligeiro crescimento no terceiro trimestre.
Dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indicam que o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio brasileiro avançou 0,53% no primeiro semestre deste ano, em uma comparação anual. Ainda, de acordo com a entidade, esse crescimento teve como principal causa os resultados da pecuária. É o trabalho diário e árduo, e gratificante, do produtor rural e do criador, o real responsável por esta melhora.
O setor de carne no Brasil foi estimulado em 2019, principalmente por um surto de peste suína africana na China, contribuindo para o avanço dos preços do produto, elevando a procura dos chineses por proteínas exportadas por outros países.
O principal impulso à renda do ramo pecuário tem sido o aumento dos preços, que, por sua vez, reflete sobretudo a demanda internacional mais aquecida pelos produtos pecuários brasileiros.
O segmento de insumos segue se destacando, tendo em vista que encerrou o primeiro semestre registrando expressiva alta de 7,26%. Pesquisadores do Cepea destacam que esse resultado se deve aos crescimentos observados nos ramos agrícola (de expressivos 9,08%) e pecuário (de 3,32%), que, por sua vez, têm sido influenciados positivamente ao longo de 2019 sobretudo pelos bons resultados nas indústrias de fertilizantes e defensivos.
Para que o Brasil continue crescendo, é necessário investimentos e políticas que facilitem o acesso do homem do campo em importantes mercados internos e externos. Com trabalho, as coisas andam. Com trabalho, se chega ao topo.
*Fábio Brancato é presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (SIRAN)
