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(08/09) Engenheiro de Birigui inventa airbag de piscina
Imagine um equipamento que pode automaticamente salvar uma criança que cai de forma acidental em uma piscina. Foi isso que o engenheiro Rodrigo Simon, de Birigui (SP) fez depois de se deparar inúmeras vezes com notícias de mortes de crianças por afogamento em piscinas. Ele projetou um sistema de airbag acionado por meio de sensores que, ao identificarem um corpo, levando em conta sua altura, assim como o movimento da superfície da piscina, emitem sinais sonoros e armam uma rede, com boias, instaladas no fundo da piscina. O aparelho é inflado em poucos segundos, suspendendo rapidamente o corpo até a superfície da água.
 
“Sou pai de duas meninas e fico profundamente incomodado, triste mesmo, ao ver a notícia da morte de uma criança por afogamento. Eu tinha que fazer alguma coisa. Quebrei a cabeça durante muito tempo até chegar a esse equipamento”, comenta Simon. Finalizado o projeto teórico, o engenheiro agora está à procura de entidades interessadas em patrocinar a construção do protótipo. “É um projeto que demanda tempo e recursos financeiros, e que tem tudo para ser um diferencial no salvamento de vidas, que, no final das contas, não têm preço”.
 
Números trágicos
 
Quem tem criança e piscina em casa sabe que precisa ficar atento, pois qualquer pequeno descuido é suficiente para que um afogamento ocorra. Levantamento da Organização Não Governamental (ONG) Criança Segura, mostra que nas mortes por afogamento, dentro de todas as idades, as piscinas representam a segundo principal perigo, com 7%, ficando atrás apenas de águas naturais (rios, mares e lagos) – na última segunda-feira, 26, um menino, de apenas um ano de idade, morreu afogado em Birigui, em um lago de uma propriedade rural.
 
De acordo com o Ministério da Saúde, todos os dias, 17 pessoas morrem afogadas, sendo que três delas são crianças. Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), apontam que o afogamento é a segunda causa de morte em crianças de um a nove anos de idade e a terceira entre dez e 19 anos. Em 2016, ano com os dados mais recentes, foram 913 óbitos por afogamento de crianças de até 14 anos de idade, segundo a ONG Criança Segura, citando números do Ministério da Saúde.
 
Quem é Rodrigo Simon
 
Guerreiro e sonhador desde criança, o engenheiro Rodrigo Simon (36 anos), nasceu em São Caetano do Sul e precisou mudar-se para o interior de São Paulo devido a uma doença que se agravava com a poluição. Atualmente, morador de Birigui, ele foi um dos condutores da Tocha Olímpica durante a Olimpíada de 2016, no Brasil. Tratou-se de mais um capítulo com final feliz, na história de superação de Simon. Aos 12 anos precisou ajudar a família com as contas do mês e passou a vender queijo, milho, sorvete e ovos nas ruas para contribuir com o pai, que deixou emprego e tudo o que tinha para mudar-se para Birigui.
 
Formou-se em Engenharia da Computação, fez pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e atualmente cursa Mestrado em Engenharia Elétrica. “Sempre tive o sonho de deixar um legado, algo que pudesse ajudar as pessoas. A engenharia me ajudou muito nisso, pois agora tenho o conhecimento e as ferramentas necessárias para resolver, de forma simples e rápida, problemas comuns ao nosso dia a dia”, conta.
 
A primeira grande invenção de Simon surgiu há cerca de cinco anos, quando pensou, junto com um amigo, na Cadeirinha Smart. Trata-se de um dispositivo que fica acoplado à cadeirinha ou assento infantil do carro que protege a criança de esquecimento, fato que tem se tornado lamentavelmente comum nos últimos tempos. A ideia rendeu a ele várias oportunidades, como participação no reality show Shark Tank Brasil, do canal Sony, no qual teve sua ideia aprovada e financiada pelo empreendedor João Apolinário, CEO da Polishop.
 
Simon também é um dos responsáveis pela realização do Science Days, nos dias 24 e 25 de setembro, no UniSalesiano de Araçatuba (SP). Será a primeira vez que a cidade receberá um evento organizado pela Nasa, em conjunto com as agências espaciais europeia e brasileira. Depois de duas visitas do engenheiro à Nasa, em 2016 e 2017, surgiu o convite do diretor de Educação Espacial da Kennedy Space Center International Academy, Jefferson Michaelis, para a realização do evento, que deve receber a visita de aproximadamente 10 mil pessoas.

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