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(17/08) Leia mais e pense melhor
O mercado editorial e livreiro do Brasil passa por uma das maiores crises de sua história. As livrarias Cultura e Saraiva, que juntas são responsáveis pela venda no varejo de 40% dos livros no País, fecharam lojas, demitiram funcionários e estão em processo de recuperação judicial. É fato que diminuiu o espaço dos livros físicos na vida dos leitores, “tanto como forma de entretenimento quanto como ferramenta essencial e indispensável de formação e emancipação”, como analisa o jornalista e escritor Luciano Trigo.
 
Para quem cresceu folheando jornais, revistas e livros, sentindo o cheiro da impressão, a textura do papel, grifando e anotando a lápis ou caneta a cada frase marcante, fazendo orelhas nas publicações, é realmente uma pena. Mas isso não significa que a leitura está fadada ao desaparecimento, embora a disponibilidade de áudios e vídeos nas redes sociais a torne mais trabalhosa e menos interessante. Tratam-se das inevitáveis transformações tecnológicas e comportamentais associadas à digitalização, e uma situação não exclui a outra.

Na falta do papel, a tela do computador e do celular. Na inexistência da livraria física, bibliotecas virtuais, blogs e aplicativos, que multiplicam de forma inequívoca a oferta de conteúdos. A leitura não cessará. Ela sempre será imperativa, pois, como condição humana para a aquisição de conhecimento, nos permite exercitar linguagens, interpretar obras literárias, assim como técnicas. Nos possibilita a educação, a civilidade, poesia, a tornar e perceber a vida mais bela, a sermos melhores.

Quem lê tem referência de discurso, escreve, conversa e se expressa melhor, tem assunto, tem mais ferramentas de relacionamento, tanto pessoal quanto profissional. E quanto mais se lê, mais esses horizontes são ampliados. O pensamento de quem lê é mais organizado e ordenado do que quem não apresenta essa habilidade. Como disse Carlos Drummond de Andrade, “a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede”.

*Marcelo Teixeira é jornalista e empresário do setor de comunicação

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