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(04/10) CLIENTE NA MÍDIA: "Eleição e sustentabilidade"

*Newton Koeke

 

Em quem você vai votar neste ano? Para cerca de um terço dos eleitores brasileiros essa pergunta ainda está sem resposta. As sondagens eleitorais apontam para uma expressiva massa de eleitores que está desanimada com a política partidária. Pesquisas do DataFolha e do Ibope para a disputa presidencial feitas após o registro oficial das candidaturas, mostram que os brancos, nulos e indecisos somam entre 28% e 38% das intenções de voto. Já para o Ipep, empresa de Araçatuba especializada em pesquisas, em recente pesquisa realizada em mais de 120 municípios do país, esse número é ainda maior: 50%.

 

Há de se entender esse comportamento apático por parte do eleitor, afinal de contas, as denúncias de corrupção, delações, impeachment e prisões envolvendo político nas esferas municipal, estadual e federal geraram um alto nível de desconfiança. Grande parte dos candidatos está desacreditada, mas não todos. E, afinal de contas, como fazer uma escolha dentre aqueles que colocam a cara a tapa na propaganda eleitoral?

 

Não há regra em relação a isso. Para Roselha Gondim dos Santos Pardo, servidora da Escola Judiciária Eleitoral do TSE, em artigo publicado no site do Tribunal, “o eleitor deve identificar quais valores julga mais importantes e quais valores quer ver seu representante defender. Isso é importante porque, geralmente, escolhemos um candidato por afinidade, ou seja, aquele que tem valores iguais aos nossos”. A verdade é que cada um faz a sua escolha utilizando critérios próprios, sejam eles objetivos ou não. No final das contas, como diz o jornalista Hélio Schwartsman, "o eleitor só deve satisfação à sua própria consciência".

 

Ainda que o processo eleitoral envolva componentes emocionais muito fortes (e tenha a certeza que o eleitor é muito mais passional do que racional – concorda comigo o analista político Adail Inglês), diante dos índices de indecisão e de tamanha desesperança, sugiro a adoção de ao menos um critério para a triagem e, quem sabe, a seleção do candidato. Não estou falando de honestidade, não, nem descartando qualquer outro princípio ou valor ético, pois os tenho básicos de qualquer ser humano que se propõe a representar outro em favor da coletividade. Parto de um segundo degrau: a sustentabilidade.

 

Penso e proponho que mereça crédito o candidato que tenha em seu programa de governo compromisso com o tripé do desenvolvimento sustentável. Para quem achar que esta é uma declaração de voto em militante da área ambiental, esclareço que não se trata disso, pois os meus argumentos extrapolam a defesa irrestrita da natureza. Não concordo com “ecorradicalismo”. Prego a necessidade de encontramos um ponto de equilíbrio entre as necessidades de consumo do homem e a preservação dos recursos naturais – sim, é possível. E, obrigatoriamente, isso tem de estar alinhado, entre outras coisas, à utilização de fontes energéticas limpas e renováveis.

 

Nesse sentido, penso que deve ser pactuado com todo e qualquer candidato, para o bem do Brasil, a implantação de projetos factíveis que sejam ambientalmente corretos, socialmente justos e economicamente viáveis. Sem sustentabilidade não há futuro.

 

*Newton Koeke é empresário do setor de energia solar em Birigui


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