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(20/09) ARTIGO: O Ponto de partida da comunicação nossa de cada dia

Opinião gratuita é semente de discórdia. Esta sentença é o meu complemento para o ditado popular “quem diz o que quer ouve o que não quer”. O emissor de um juízo que o propaga sem que tenha sido solicitado quase sempre acende a chama do debate improdutivo. E para virar incêndio basta o combustível cada vez mais abundante da insensatez. Ocorre na comunicação pessoal e na corporativa.

No livro Backstage – Lições de Media Training –, a jornalista e coach de comunicação pessoal Aurea Regina de Sá explica que “falar em nome de uma marca é tarefa de responsabilidade que exige conhecimento, prática de virtudes e consciência sobre a importância da exposição”. É preciso saber o que dizer, quando e como falar. No ambiente organizacional e de mercado, conceitos, ideias e posicionamentos pronunciados de modo informal e de improviso inevitavelmente são associados à marca a qual o profissional está vinculado. 

E a situação tem potencial para se desdobrar encontrando reflexo no clima interno da organização, assim como externamente, necessitando de ações de gerenciamento de crise de imagem. Em A Síndrome de Aquiles – Como Lidar com as Crises de Imagem –, o jornalista Mário Rosa nos mostra que, com planejamento criterioso, ações preventivas e estratégias definidas é possível ao menos mitigar impactos negativos. 

 Mas não existe manual para quando as discussões ocorrem em nível pessoal. E, quando o assunto são preferências políticas, ainda mais em período de campanha eleitoral, danou-se! A palavra pronunciada, assim como a flecha lançada e a oportunidade perdida, não volta atrás – outro axioma. Nas duas situações, corporativa e pessoal, o ponto de partida para que o conflito flua mais naturalmente, sem grandes desgastes, é a informação factual básica e a sua fonte. 

Quanto se tem o dado original checado, o processo conflituoso tende a não descambar para agressões verbais ou mesmo físicas, nem produzir traumas. Servem pesquisas em páginas dedicadas a temas históricos, sites oficiais de campanha (onde estão os programas de governo), de órgãos governamentais (portais de transparência e judiciais), de veículos de comunicação renomados, assim como o cruzamento de informações de duas ou mais fontes. Ganham luz questões básicas que são temas de constantes embates, como a Ditadura no Brasil (o cerceamento das liberdades individuais, o Milagre Econômico e as construtoras), a inflação, o Plano Real (o Consenso de Washington e o sistema financeiro), Mensalão e o Petrolão (desde antes da eleição de Lula ao impeachment de Dilma), às campanhas atuais (das declarações de ódio aos programas de governo absolutamente vazios) etc. Assim, em última instância, as fake news não proliferam, são preservadas as diferenças de ideais tão salutares para a preservação e a evolução da democracia. 

É bom que se diga que conflito não é necessariamente algo ruim, como explica a psicóloga Maria Tereza Maldonado, em O Bom Conflito. Na obra, a autora ensina como aumentar nosso poder de transformar desentendimentos, divergências e até mesmo conflitos potencialmente destrutivos em terra fértil para gerar soluções satisfatórias para todos.

*Marcelo Teixeira é jornalista e empresário do setor de comunicação corporativa 


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