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CLIENTE NA MÍDIA: Por que não somos uma potência em energia solar fotovoltaica?

A utilização de energias limpas e renováveis é um caminho sem volta. Entre elas está a fotovoltaica. Regionalmente, nos últimos dois anos, o número de sistemas que utilizam o sol para produzir energia elétrica cresceu 390%. No país, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), há dois anos o número de sistemas em funcionamento era de apenas 150. Hoje, ultrapassa os 16 mil, sendo que essa matriz representa 1% de toda energia elétrica que é produzida no país. Se o crescimento mantiver esse ritmo, a previsão é que esse percentual chegue a 10% até o ano 2032.

Outra notícia positiva para o setor foi divulgada pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). De acordo com a entidade, atingimos o patamar de geração de 1 megawatt de capacidade instalada em usinas em operação. A marca, considerada história, daria para abastecer cerca de 500 mil residências. Apenas para efeito de comparação, Araçatuba, maior cidade da região, com cerca de 200 mil habitantes tem, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), perto de 63 mil residências.

E esse cenário positivo tende a ficar ainda mais próspero em 2018. A Claro Brasil, que engloba a operadora celular, mais as empresas Embratel e Net, acabou de inaugurar o seu primeiro complexo de fazendas solares no Brasil. Com isso, o grupo criou a maior operação solar dedicada a uma empresa no país. O complexo foi construído nas cidades de Várzea de Palmas e Buritizeiro (MG) e ocupa uma área de 45 hectares, com capacidade de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade de 250 mil habitantes.

E mais ‘fazendas solares’ vêm por aí. Conforme a direção da Claro Brasil, estão previstas a inauguração de mais 20 desses parques no país. Araçatuba e outras cidades da região, como Pereira Barreto, já foram sondadas por outras empresas para receber usinas solares. Potencial para isso nós temos. Afinal de contas, sol aqui é o que não falta.

Contudo, apesar de todas essas boas notícias, ainda falta muito para aproveitarmos a energia solar. “Limpa”, ela não polui ou agride o meio ambiente. Atualmente, de acordo com a Absolar, o Brasil está 15 anos atrasado, em relação às nações mais avançadas nesse setor, quando o assunto é geração de energia solar. Mas o que falta para o Brasil tornar-se uma potência em sistemas de energia solar fotovoltaica?

Diferentemente de outros países, como a Alemanha – lá são cerca de 1,5 milhão de sistemas instalados –, aqui o sol brilha praticamente os 12 meses do ano. E vale lembrar que mesmo em dias nublados é possível produzir energia, outra vantagem do sistema fotovoltaico. O que nos falta é apoio, incentivo. A prova disso está no Plano Decenal de Energia. O documento revela que a maior parte dos investimentos – cerca de 70% - vão justamente para petróleo e gás. Existem vários estudos que mostram os benefícios de uma transição energética para a economia e, o mais importante, para a vida de toda a sociedade – começando por um mundo sem poluição do ar. Muito em breve, essa transição de sistemas irá ocorrer, mas, para isso, é preciso, além do apoio de todas as esferas governamentais, planejamento e priorização.

Está mais do que na hora de o Governo Federal tomar uma decisão: se abraça a causa e trabalha em favor do desenvolvimento do setor e consequentemente do Brasil, ou se pretende permanecer refém do modo atual de produção de energia.

*Newton Umeno Koeke é empresário do setor de energia solar na região de Araçatuba

 


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